terça-feira, 6 de julho de 2010

Rubro Negro #8 - O Uniforme Branco: Parte 2


Rubro Negro corria pela noite do Rio de Janeiro, pela Rua do Catete. Era um domingo de julho e poucas pessoas andavam pelas ruas. Entretanto, as pessoas em seus apartamentos fechavam as janelas quando viam a movimentação do vigilante mascarado em sua nova roupa branca. Havia helicópteros da polícia marcando seus passos. Porém, a velocidade de Rubro Negro era assombrosa. Correndo pela reta Rua do Catete, ele podia alcançar a incrível marca de 36 quilômetros por hora.
“Maldito Heiner e sua porcaria de recompensa! Não tenho nenhum sossego para investigar o paradeiro de Eduardo Acco! Eu nem posso me mexer que tem sempre alguém querendo me pegar”.
Correndo, teve um enorme susto quando passou pela esquina da Rua do Catete com a Rua Buarque de Macedo. Desviou a tempo de um mecanismo metálico que causava choque, preso a uma corda que foi disparado por uma arma. Era um grupo de homens com coletes a prova de balas e equipamentos de captura. Sem nenhum distintivo ou símbolo aparente, Rubro Negro presumiu que eram mercenários em busca da recompensa.
- Vocês não se mancam? O Rubro Negro Dois é invencível!
Um deles atirou com sua arma. Uma corda de aço flexível presa à duas esferas de metal. Parecia uma boleadeira moderna. Rubro Negro não conseguiu desviar e ficou preso. Os homens soltaram sorrisos triunfantes. Cedo demais.
- Boa tentativa. – Rubro Negro usou toda sua força e arrebentou a corda de aço flexível.
- Agora é minha vez. – Correndo na direção deles, aqueles mercenários não foram adversários à altura. Rubro Negro bateu até todos desmaiarem. Controlou sua força, pois estava receoso.
“Agora, vou direto à fonte dos meus problemas”.

Ronaldo recebia sua carta de demissão. Amassava o papel e gracejava impropérios sobre como era ruim trabalhar naquela emissora de televisão. A verdade era que ele estava perdendo o controle de tudo. Se continuasse assim, não poderia continuar a faculdade. Queria aproveitar as férias de julho para se concentrar em trabalhos, mas, para ele, Rubro Negro sempre aparecia na hora errada para estragar tudo.
Queria por um fim nisso. Comprou um jornal na banca a fim de procurar um novo emprego e acabou lendo a notícia da recompensa de um milhão de reais pela captura do Rubro Negro. Sorriu como nunca.
- Que ironia. Você me fará um homem rico, Rubro Negro.
Pegando um celular, ligou para sua gangue.

Na Avenida Presidente Vargas, no prédio das Industrias Heiner, Francisco Heiner recebia o contato de mais um grupo de mercenários interessados em capturar Rubro Negro. Em uma semana, ele havia recebido dúzias de grupos e já estava começando a ter alguma dor de cabeça com isso. A polícia não estava gostando daquilo, mas com o suborno certo, os segurava. Pelo menos por enquanto.
Entretanto, quando soube o nome de quem vinha vê-lo, resolveu que aceitaria ajudá-los. Era Ronaldo e sua gangue.
- Então você lembra de mim, senhor Francisco Heiner.
- Sim, como poderia esquecer? Você foi capturado por engano por meu antigo empregado e jurou que não prestaria queixa. Quer que eu retribua seu favor agora, não é mesmo?
- Acertou em cheio. Quero que você equipe a mim e meus amigos aqui. – ele sorria. Já sentia o gosto do triunfo na captura de seu rival.
Nesse exato momento, Rubro Negro apareceu. Estava de braços cruzados, encostado na janela, desleixado.
- Um fã clube pra mim? Ah, que máximo.
Ronaldo e seus amigos de gangue se assustaram. Rubro Negro estava realmente com uma roupa diferente e parecia terrivelmente mais ameaçador. Eles haviam lido nos jornais que o vigilante mascarado havia invadido uma favela e espancado seus moradores.
- O que veio fazer aqui, seu criminoso? – Francisco apontava o dedo para Rubro Negro. Coragem ou imprudência?
- Quero que você tire essa recompensa pela minha captura, ou... – Rubro Negro falava enquanto caminhava, em tom ameaçador.
- Ou o que? Você irá me matar?
Rubro Negro parou de andar. Ergueu a mão e apontou para uma parede. Disparou um raio de plasma, fazendo um enorme buraco.
- Não sou um assassino, tão pouco criminoso como você e os poderosos acham. Eu vou trazer de volta Eduardo Acco e ele provará minha inocência.
Ronaldo caminhava em sua direção, sério, com expressão de fúria contida.
- Você vem arruinando minha vida, mascarado de merda. Não adianta se esconder numa roupa branca. Eu vou te caçar.
- Não espero que tu conte a verdade, Ronaldo. Tu me viu tentando salvar o cientista daqueles traficantes de fuzis e bazucas. Mas prefere ocultar a verdade para poder se vingar de mim. Tu põe a culpa em mim por teus erros e fracassos. Dá um tempo, perdedor.
Ronaldo rangeu os dentes, irado. Correu em direção de Rubro Negro com o punho fechado. O herói mascarado ergueu um dedo e segurou todo o soco dele, sem se mover. Era humilhação demais. Rubro Negro deu as costas ao atônito Ronaldo.

Enquanto isso, numa favela do Complexo do Alemão, Ricardinho visitava Eduardo Acco. O cientista estava imundo com roupas sujas e barba por fazer. Era um trapo humano. Ricardinho fazia sua terceira visita na semana.
- Nada ainda? Espero que não esteja me enrolando.
- Eu estou no final da experiência. Eu pude analisar algumas anotações perdidas de Gabriel Soares e descobri que posso fazer uma réplica exata da fórmula que ele desenvolveu.
- Excelente.

Rubro Negro estava no terraço de um prédio da Avenida Rio Branco, pensativo. Sua mãe havia ligado quatro vezes e Sofia uma. Ele resolveu que não voltaria à identidade de Arthur enquanto não resolvesse o caso e limpasse seu nome. Concentrou-se na questão.
“Quem eu posso recorrer que tenha informações?” foi quando lhe ocorreu um nome: tenente Vanessa.
A tenente estava cuidando de papeis em seu escritório quando recebeu o telefonema do Rubro Negro.
- Preciso de sua ajuda de novo.
- Rubro Negro? Mas por que eu o ajudaria? Até onde eu sei, é um homem procurado por seqüestro.
- Ora, eu te vi me defender na televisão uma vez. Quero que acredite em mim. Sou inocente. – silêncio no telefone.
- Eu acredito. Nunca gostei de Francisco Heiner mesmo, desde o incidente com os andróides.
- Obrigado. Fico te devendo essa.
Eles se encontraram à noite, na Praça da República. Falaram sobre o que sabiam, cruzaram informações.
- Então essa fórmula é a mesma que lhe deu esses poderes?
- Isso mesmo.
- E você disse que foi capturado por Ricardinho para ser uma cobaia do projeto dele de criar super guerreiros?
- Isso mesmo.
- Isso é incrível. Eu tenho informações de incidentes no dia em que você disse ter ganhado seus poderes. Pessoas na favela que testemunharam a presença de um homem com esferas de luzes vermelhas nas mãos. Era você?
- Provavelmente. Olha, vou parar de dar informações, pois eu tenho uma identidade secreta a zelar.
- Tudo bem, eu respeito isso.
- Que favela era essa? Eu meio que não me lembro de onde eu fugi. Era noite, chovia e eu estava assustado demais.
- Favela do Jacarezinho.
Rubro Negro arregalou os olhos e deixou a boca pender. Finalmente ele havia encontrado a maior das pistas para achar Ricardinho. Ele finalmente poderia levar aquele chefe do tráfico para a cadeia. Ficou ansioso em agir. Se despediu da tenente e pediu para que a polícia evitasse aquela região naquela madrugada, ou as coisas poderiam ficar mais difíceis. Rubro Negro queria agir sozinho.
- Como eu saberei que você não irá matar ninguém? Ou Ricardinho?
- Eu posso ter sido um idiota quando quase matei aqueles criminosos, mas eu sei assumir um erro quando cometo. Prometo não machucar muito ninguém. – Acenou e correu dali.

Ronaldo e sua gangue estavam com um aparelho que media a quantidade de energia de plasma no ambiente, Ronaldo capturou um sinal se movendo numa grande velocidade. Era Rubro Negro, com toda certeza. Seguindo sua trilha num furgão negro com uma faixa branca no teto, símbolo de sua gangue, eles encontraram Rubro Negro se aproximando da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no bairro Maracanã.
Com uma granada, Ronaldo mostrou seu cartão de visitas. Rubro Negro voou metros com a explosão, no meio da rua. Erguendo-se com rapidez, começou a concentrar energia em suas mãos, com dentes rangidos.
- Ronaldo e sua gangue, há muito eu esperava por esse momento. Desejava muito que vocês ficassem no meu caminho. Vou surrá-los até dizer chega.
Rubro Negro disparou seu raio de plasma sobre o furgão. O raio atingiu o motor e fez o automóvel explodir. A gangue saiu antes que explodisse inteiramente. Todos tinham coletes tecnológicos e óculos de visão noturna. Alguns tinham rifles de laser, outros tinham armas de captura. Ronaldo atirou sem parar com o rifle, obrigando Rubro Negro correr para o estacionamento da universidade. Todos o seguiram, jogando granadas. O herói teve dificuldades de escapar, mas com um super salto, atravessou a grade do estacionamento. Uma saraivada de tiros o atingiu, furando seu uniforme branco. Laser, aparentemente, penetrava colete a prova de balas.
Rubro Negro deitou-se atrás de carros, usando como barreira. Erguia-se de vez enquando para atirar com seu raio de plasma. Recebia uma saraivada de lasers em resposta. Era um tiroteio complexo. Ronaldo, então, abriu mão de seu rifle e pegou um lança-míssel. O tiro explodiu o carro e fez Rubro Negro voar, bastante ferido. Caído no chão, ele não se movia.
A gangue se aproximou com armas apontadas. Cercaram o herói formando um circulo. Sorriam felizes pelo milhão que receberiam. Então, Rubro Negro abriu os olhos rapidamente.
- Caíram como patinhos.
Ele liberou sua energia de plasma que envolveu todo seu corpo. Num estouro de energia, todos foram atingidos, inclusive alguns carros em volta. Uma grande luz vermelha pode ser observada quilômetros dali.
Todos estavam no chão, feridos. Rubro Negro cambaleou entre eles e segurou Ronaldo, semi-desmaiado, pelo colarinho.
- Eu não quero mais encrencas. Melhor tu cuidar da tua vida, ou da próxima vez, eu te mando pra cadeia. Entendeu?
Ronaldo rangia os dentes, incapaz. Foi jogado no chão e assistiu Rubro Negro, o maior inimigo de sua vida, caminhar para fora dali. Não iria deixar que ele escapasse.

Era uma casa no topo de um morro da Favela do Jacarezinho, com vista para um rio. Na sala principal, uma mesa posta com comida, homens discutiam os preços da fórmula do geneticista Eduardo Acco. Ricardinho guiava os lances, arrogante. Estava prestes a se tornar num homem tão rico quanto um presidente da República.
Rubro Negro escalava o morro onde não era habitado, por ser a parte mais íngreme. Estava cansado, pois o efeito de explosão lhe custava grande quantidade de energia e ele ainda nem havia conseguido parar para descansar. Escondeu-se em arbustos próximo à maior casa do morro. Viu vários seguranças vigiando o lugar. Todos com armamentos pesados.
“Traficante aqui é preparado pra guerra.”
Antes que fizesse alguma coisa, uma arma lhe foi apontada na cabeça. Ele sorriu e ergueu as mãos pra cima. Outros seguranças apareceram exibindo suas armas roubadas ou compradas de militares e guiaram Rubro Negro. Certamente iriam matá-lo. Um deles até tinha um celular para filmar tudo e ficar famoso. Mas antes que fizessem algo, Rubro Negro decidiu arriscar seu poder de explosão novamente. Concentrou sua energia com dificuldade, mas conseguiu emanar a explosão. Todos os seguranças voaram longe e deixaram o caminho para a porta da frente livre.
O traficante e seus compradores ficaram nervosos, mandaram seus próprios seguranças ficarem próximos a eles, apontando armas para a porta de entrada. Depois do murmurinho, silêncio. Eles começaram a ouvir passos lentos de alguém se aproximando. Eduardo Acco suava, sentia que poderia ser sua chance de escapar. Ricardinho já sabia quem iria aparecer.
A porta foi arrombada com um raio de plasma vermelho. Através da fumaça, aqueles homens viram a silhueta dele. Rubro Negro apareceu.
- Ricardinho.
- Rubro Negro.
- Não faz idéia do que passei para chegar até aqui.
Rubro Negro estava exausto. Usar seu poder explosivo duas vezes em pouco tempo o esgotou quase completamente. Estava à beira de um colapso. Tinha dificuldades de andar ou se mover. Apenas a pura força de vontade o mantinha de pé.
Todo mundo que possuía armas naquele momento apontou para Rubro Negro. Alguém gritou para atirar e todos obedeceram. Uma barulhada sem fim chamou atenção para todos na Favela do Jacarezinho. Alguém chamou a polícia e a tenente Vanessa nada pode fazer mais para impedi-los. Ronaldo, que seguia Rubro Negro, encontrou o lugar onde deveria ir.
Na sala todos estavam agora sem munição. Porém, ninguém se atrevia se aproximar um centímetro de Rubro Negro, estatelado no chão. Todos sentiam medo daquele homem por trás da máscara. Não importava sua identidade, apenas o que ele representava. E naqueles dias, Rubro Negro com o uniforme branco não estava para brincadeiras. Todos sabiam de seu poder de cura, mas rezavam para que os tiros tivessem sido capazes de detê-lo. Foram vários tiros de vários tipos de armas. Poucos erraram a mira. Aquele homem não poderia sobreviver.
Mas sobreviveu.
Rubro Negro se levantou ainda exausto, mas com seus ferimentos se regenerando numa velocidade que nem ele mesmo estava acostumado. Ele mirou seu olhar para todos. Um a um. Havia fúria naqueles olhos. Sua máscara estava furada em vários pontos, mas ainda guardando sua identidade.
- Minha vez.
Rubro Negro se moveu na direção daqueles bandidos com muita velocidade. Ainda que exausto, com sua velocidade reduzida a menos da metade, era o suficiente para eliminar o espaço que havia entre eles. Subindo na mesa de reuniões, chutou a cara de um ou dois capangas. Alguém o puxou pelo braço o obrigando a descer. Outro tentou segura-lo numa chave de braço. Outros dois agarraram seus braços. Um pegou um soco inglês e desferiu um golpe no peito dele.
Nada daquilo adiantou. Rubro Negro se deixou pegar porque decidiu que não valia a pena gastar o pouco da energia que tinha para desviar daqueles golpes inofensivos. Com um movimento de braços, chocou os dois homens que os seguravam. Depois pegou o braço em volta de seu pescoço e arremessou seu dono sobre a mesa. Desferiu um soco que nocauteou na hora o homem com soco inglês. Os chefes compradores se afastaram e ficaram acuados num canto da sala.
Ricardinho continuava de pé, frente sua cadeira, com Eduardo Acco ao seu lado. Uma pistola leve estava apontada nas costas do geneticista.
- Deixe-o ir. Sua briga é comigo.
- Não me tire pra burro, Rubro Negro. Eu sei que não tenho chances contra você. Esse homem é minha garantia de saída daqui.
- Eu vou te achar, Ricardinho. Eu vou te pegar. Não adianta se esconder como um rato.
- Enquanto isso será caçado e considerado fora-da-lei. Assim como eu. Não é irônico? – ele se afastava para perto da janela com o geneticista rendido.
Então, algo verdadeiramente irônico aconteceu: Ronaldo apareceu por outra porta lateral, entre Ricardinho e Rubro Negro. No segundo de distração de Ricardinho, o geneticista aproveitou para se afastar cerca de 30 centímetros. Rubro Negro disparou uma rajada de plasma que atingiu o peito em cheio. Ricardinho desabou no chão, aturdido.
Ronaldo pegou uma cadeira e partiu para cima de Rubro Negro. Geralmente, o vigilante mascarado não sentiria nenhum abalo com um golpe daqueles, mas estando exausto, ele sentiu seus joelhos fraquejarem. Rubro Negro caiu com a cadeira quebrada sobre sua cabeça. Ronaldo sorria, pois parecia que tinha vencido seu inimigo. Eduardo Acco viu sua chance de fugir daquele mundo de loucos. Pegou a fórmula que estava numa injeção e tentou correr para a porta onde Ronaldo havia aparecido.
O traficante Ricardinho conseguiu se concentrar e atirou na perna do geneticista, para tentar evitar que ele fugisse. Eduardo Acco caiu e acabou espetando o braço de Ronaldo. Todos arregalaram os olhos e focaram o olhar no jovem estudante. Ronaldo começou a sentir-se mau. Cambaleou como um doente.
- O que tu fez comigo? Eu vou morrer!
Ronaldo se desesperou e saiu correndo pela porta de onde veio. Fugiu para longe. Rubro Negro se ergueu com sérias dificuldades e, antes que Ricardinho atirasse novamente, chutou a arma para longe.
- Acabou, Ricardinho.
- Não.
Um dos seguranças ferido apareceu e jogou uma granada no peito do Rubro Negro. Uma explosão tomou conta da sala.

Rubro Negro abria os olhos. Percebeu um monte de madeira, pedra e outros entulhos jogados sobre si. Estava soterrado e já era dia. Percebeu que seus ferimentos estavam fechados e, pelo desmaio, conseguiu descansar o suficiente. Usou de sua super-força para sair dos escombros. Viu bombeiros e policiais. Decidiu que não podia mais fazer nada ali. Com o trapo de roupa que lhe restou, fugiu para casa.
Arthur jogou fora os restos do uniforme branco num lixo próximo à Rua São Clemente, em Botafogo, já perto de casa. Naquela manhã fria, pouca gente estava na rua. Caminhou apenas de short de pijamas e botas negras do uniforme até em casa. Usando suas chaves com muito silêncio, conseguiu chegar até seu quarto sem ser percebido pelos pais.
Depois de ficar acompanhando as notícias pela internet por horas, viu o que queria. Eduardo Acco estava vivo e desmentiu que havia sido seqüestrado pelo Rubro Negro, mas sim pelo traficante mais procurado do Rio de Janeiro: Ricardinho. Arthur sorriu e sentiu um peso sair de suas costas. Estava muito aliviado.

Em sua casa, Ronaldo acordava depois de passar mal a noite inteira. Dessa vez, não sentia nenhuma dor. Pelo contrário, estava se sentindo muito bem. Bem até demais...

Continua...

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